quarta-feira, 24 de junho de 2009

GEOGRAFIA - exercícios com gabarito da aula do dia 24/06/2009 - Evolução da Terra e Tectônica de Placas

01.Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas no fim do texto abaixo.

A configuração dos continentes nem sempre foi como a atual. A Terra é uma estrutura dinâmica e, por tanto, sujeita a transformações. Essas mudanças, por exemplo, são as responsáveis pela existência dos terremotos, das montanhas e, também, das ilhas. Podemos dizer que a origem das ilhas do arquipélago de Fernando de Noronha, os abalos sísmicos sentidos em algumas cidades nordestinas e as montanhas da costa oeste do continente americano estão associados a instabilidades ........ e ao processo de ........ .

 (A)      internas – intemperismo

 (B)      externas – isostasia

 (C)      externas – fragmentação da Pangéia

 (D)      internas – transgressões e regres sões marinhas

 (E)      internas – tectônica de placas

 

Resposta Certa: (E)

A atual configuração dos continentes é resultante de um processo dinâmico, fruto da atuação de agentes externos (o intemperismo causado pelo vento, chuva, rios, geleiras, principalmente) e internos (movimento das placas tectônicas). A crosta terrestre é a camada sólida externa da Terra, que inclui a parte continental (mais ou menos 40 km de espessura) e a oceânica (aproximada mente 6 km). A crosta é parte da litosfera, a qual é constituída de placas que se movimentam umas em relação às outras sobre a astenosfera (camada parcialmente fundida do manto). A esse processo dá-se o nome de Tectônica de Placas. As placas estão em movimento devido às grandes pressões e altas temperaturas da astenosfera. Nesse movi mento ocorre a separação das placas, formando fendas na crosta (rift). Quando essas fendas ocorrem no oceano, há a expansão dos fundos oceânicos e a formação de cadeias de montanhas (dorsais). Quando o movimento é de uma em direção à outra, pode ocorrer subducção (uma placa mergulha sobre a outra). Além disso, as placas podem deslizar uma em relação à outra, como ocorre na falha de Santo André, por exemplo. Desses fatores decorre a instabilidade do planeta (ocorrência de terremotos, vulcanismo, entre outros fenômenos), que favorece o aparecimento de ilhas oceânicas, cadeias de montanhas, dorsais e vulcões.

 

02.Com base nos estudos dos fósseis e da dinâmica terrestre, os geocientistas procuram compreender as transformações do ambiente, organizadas em uma ordem cronológica expressa na escala de tempo geológico.

 

Associe adequadamente as características apresentadas no bloco inferior com os intervalos de tempo geológico do bloco superior.

 

1 - Mesozóico

2 - Paleozóico

3 - Cenozóico

4 - Pré-Cambriano

 

( )Surgimento das primeiras formas de vida.

( )Formação das cadeias de montanhas atuais, como os Alpes, o Himalaia e os Andes.

( )Início da fragmentação do continente primitivo (Pangea), dando origem a duas massas continentais: Gondwana e Laurásia.

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo,é

 

 (A)      4 – 1 – 3.

 (B)      4 – 3 – 1.

 (C)      2 – 4 – 3.

 (D)      3 – 4 – 1.

 (E)      1 – 2 – 4.

 

Resposta Certa: (B)

A comparação das marcas fósseis encontradas em diversos lugares mostrou ser possível colocar rochas fossilíferas em ordem cronológica pelo caráter do seu conteúdo fóssil, pois cada intervalo de tempo geológico possui um conjunto particular de fósseis, representativo dos organismos que viviam naquele tempo. Para estabelecer a ordem cronológica das rochas, utilizando o estudo dos fósseis, foi definido que, caso não haja deformação, cada camada rochosa se superpõe à anterior em ordem cronológica. No processo de deposição, os sedimentos mais antigos estão na camada mais profunda, e os mais recentes na mais superficial. A escala de tempo geológico pode ser subdividida em quatro grandes intervalos, nos quais se identificam eventos significativos na história evolutiva da Terra: Pré-Cambriano (marcado pelo surgimento das primeiras formas de vida); Era Paleozóica (intervalo de tempo da história da Terra com intenso desenvolvimento da vida marinha); Era Mesozóica (que compreende a fragmentação do Pangea em duas massas continentais, denominadas Gondwana e Laurásia); e Era Cenozóica (caracterizada pela formação das cadeias montanhosas atuais, como os Alpes, o Himalaia e os Andes).

 

 

03.Com o desenvolvimento da Teoria da Tectônica de Placas, fenômenos como a formação das cadeias montanhosas e das fossas submarinas foram melhor compreendidos. Com isso, sabe-se que a Cordilheira dos Andes se encontra em uma região da crosta terrestre que

 

 (A)      apresenta uma área de colisão de placas tectônicas.

 (B)      forma margem continental do tipo passiva.

 (C)      se situa em uma área de expansão do assoalho oceânico.

 (D)      apresenta uma área falhada pela formação de uma dorsal oceânica.

 (E)      coincide com limites divergentes de placas tectônicas.

 

Resposta Certa: (A)

A Teoria da Tectônica de Placas compreende que a litosfera é segmentada por fraturas, formando um mosaico de placas que deslizam horizontalmente, arrastando os continentes por cima da astenosfera. As placas são geradas junto às dorsais oceânicas, com a formação do assoalho oceânico, e são destruídas nas fossas oceânicas, ditas zonas de subducção. A Cordilheira dos Andes é formada pela colisão de placas convergentes, ou seja, duas placas que se movem uma em direção à outra. Fossas oceânicas e margens continentais ativas são formadas nesses eixos de colisão.

 

04.Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) as afirmações abaixo, referentes a correspondências entre escala geológica do tempo e evolução física da Terra.

( )Ao período Terciário, durante o Cenozóico, corresponde a formação de escudos cristalinos, como o Brasileiro.

( )O soterramento de florestas de samambaias e coníferas, durante o Carbonífero, deu origem a jazidas de carvão fóssil.

( )Ao Mesozóico corresponde o derrame vulcânico que se encontra na bacia sedimentar do Paraná.

( )No final do Pré-Cambriano, houve a divisão da Pangéia, constituindo-se os supercontinentes de Laurásia e de Gondwana.

( )Dobramentos modernos, como os Andes e o Himalaia, ocorreram no Cenozóico.

A seqüência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é

 

 (A)      V – F – V – V – F.

 (B)      V – F – F – V – F.

 (C)      F – V – V – F – V.

 (D)      F – V – V – F – F.

 (E)      F – F – F – V – V.

 

Resposta Certa: (C)

A segunda, a terceira e a quinta afirmações são verdadeiras. A primeira é falsa, porque a formação de escudos cristalinos, como o Brasileiro e o Guiano, ocorreram durante o Pré-Cambriano, que corresponde ao intervalo de tempo geológico situado entre 600 milhões e 3,9 bilhões de anos atrás, enquanto o Cenozóico, incluindo o Terciário e Quaternário, é o intervalo de tempo geológico iniciado há 70 milhões de anos e que vem até os dias atuais. A quarta afirmação é falsa, porque a divisão da Pangéia ocorreu durante o Mesozóico, quando se formaram os dois supercontinentes, Laurásia e Gondwana, num intervalo de tempo geológico mais recente que o Pré-Cambriano.

 

05.Assinale a afirmação correta em relação aos movimentos tectônicos e ao vulcanismo.

 (A) Os movimentos tectônicos são provocados por forças basicamente exógenas, atuando de forma lenta e prolongada na estrutura e no modelado da crosta terrestre.

 (B) As forças tectônicas, que atuam predominantemente no sentido vertical sobre as camadas de rochas resistentes, originam as grandes cadeias montanhosas.

 (C) O material vulcânico que se acumula na superfície produz o chamado relevo cárstico, caracterizado pelas formas dômicas derivadas da sobreposição contínua de material piroclástico.

 (D) A diferença, em energia liberada, de um terremoto de nível 5 para outro de nível 6 na Escala de Richter é equivalente à diferença, em energia, de um terremoto de nível 6 para outro de nível 7.

 (E) O surgimento da Dorsal Meso-Atlântica corresponde a áreas de divergência de placas litosféricas, onde ocorrem fenômenos vulcânicos e tectônicos.

 

Resposta Certa: (E)

Com o desenvolvimento da sondagem acústica, tornou-se possível o mapeamento das dorsais submarinas, como a Dorsal Meso-Atlântica, uma longa cadeia de montanhas submarinas que se estende de norte a sul, no Atlântico. Corresponde a áreas de divergências entre as placas litosféricas Sul-Americana e Africana e, acima do Trópico de Câncer, entre as placas Norte-Americana e da Eurásia, ocorrendo fenômenos vulcânicos e tectônicos nessas áreas de divergências.

 

06.Observe o mapa abaixo:

 

Assinale a afirmação correta com relação aos pontos de 1 a 5 que constam no mapa.

 (A) O ponto 1 situa-se entre as placas tectônicas Sul-Americana e Nazca.

 (B) O ponto 2 localiza-se numa área de separação de placas tectônicas, responsável pela formação de uma dorsal oceânica.

 (C) O ponto 3 localiza-se numa área de colisão entre as placas Africana e Indo-Australiana.

 (D) O ponto 4 situa-se numa área de expansão do assoalho oceânico, responsável pela formação da Cordilheira dos Andes.

 (E) O ponto 5 localiza-se numa área de formação de arco de ilhas, que corresponde a uma zona de subducção.

 

Resposta Certa: (B)

Questões retiradas do site http://www.provasinterativas.ufrgs.br/ 

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GEOGRAFIA - Elementos de Geologia - aula dia 17/06/2009

GEOGRAFIA - Elementos de Geologia - aula dia 17/06/2009

Estrutura da Terra

 

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http://www.ibb.unesp.br/departamentos/Zoologia/material_didatico/prof_marcello/Geologia/Estrutura_da_Terra_2009.pdf

O sistema químico dinâmico da Terra

Prof. Ian McReath

A Terra sólida que fica ao nosso alcance – as rochas superficiais e os solos delas derivadas por desgaste físico e químico – é constituída por minerais, ou seja, compostos químicos inorgânicos. Os elementos destes compostos já se achavam presentes à época da formação da Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos atrás. A composição do interior terrestre possivelmente é similar na sua parte mais externa (a crosta e o manto; Figura 1) a algumas das rochas presentes na superfície, embora os minerais alí presentes sejam diferentes. Uma parte da contribuição da Química às Ciências Geologicas está na compreensão da estabilidade dos minerais, e das reações que podem ocorrer entre eles e seu meio.

 

 

A Terra-laboratório

Imagine um edifício com vários laboratórios. No piso térreo, são realizadas experiências sob condições de pressão e temperatura compatíveis com aquelas da superfície terrestre. Investigam-se aqui os efeitos da atmosfera oxidante, da água da chuva (geralmente, levemente ácida) e dos organismos sobre os minerais e rochas que se encontram expostos na superfície da terra. São enfocados diferentes aspectos em cada caso, em reposta às seguintes questões: qual o destino dos elementos químicos, usados como nutrientes pelas plantas, durante a decomposição das rochas e dois minerais?; ou ainda, os elementos químicos que poluem o meio-ambiente em conseqüência da atividade industrial descontrolada são fixados em quais produtos

formados na superfície?; Em que ponto do espaço e do tempo estes compostos superficiais se formam? No primeiro subsolo, em equipamentos diferentes, porém igualmente especiais, pesquisa-se o comportamento de óxidos de magnésio, alumínio, cálcio, sílico, ferro e outros elementos químicos sob temperaturas de até pouco menor que 2.000°C, e pressões de até umas centenas de milhares de vezes superior à pressão atmosférica, que é de 1 kg.cm-2, aproximadamente. Pesquisa-se, também, o comportamento de silicatos de magnésio, alumínio, cálcio e ferro. Novamente, busca-se saber quais os minerais estáveis sob cada condição de pressão e temperatura, quando teve início o processo de fusão das misturas de minerais investigadas. Finalmente, no segundo subsolo, as experiências são realizadas em equipamentos, sob condições de temperatura de milhares de graus centígrados e de pressão da ordem de milhões de vezes superior à da pressão atmosférica. Estuda-se aqui o comportamento de ligas metálicas, de ferro e níquel, na presença de pequenas quantidades de enxofre, oxigênio, e outros elementos químicos. Verifica-se, também, as condições de início de fusão das misturas, e a natureza dos compostos químicos produzidos em cada experiência. Em suma, neste edifício, os cientistas tentam simular os diferentes sistemas químicos que compõem a Terra, de acordo com sua estruturação em uma fina crosta superficial, um manto espesso e núcleo (Fig. 1). No piso

térreo, simulam-se as reações movidas predominantemente pela energia solar. No primeiro subsolo, as experiências objetivam estudar o manto e a crosta terrestre. No segundo subsolo, estudam-se os fenômenos que podem estar acontecendo na camada menos acessível do planeta, o núcleo. Nestas duas últimas camadas, a energia que movimenta os processos é fundamentalmente o calor interno do planeta. Como surgiu a estrutura interna da Terra Considera-se que o planeta Terra tenha se formado no interior de uma nebulosa solar quente (composta por gases e sólidos na forma de poeira) a partir de componentes químicos mais refratários, que se condensaram em temperaturas muito altas. Assim, os elementos químicos mais abundantes do planeta são bastante restritos, a saber: ferro (que pode existir como metal, como óxido, ou silicato, ou sulfeto), oxigênio (geralmente, combinado com outros elementos, especialmente com o sílicio), silício, magnésio (geralmente como óxido ou silicato), níquel (como liga junto ao ferro, silicato junto ao magnésio, ou sulfeto junto ao ferro), enxofre (nos sulfetos), cálcio (como óxido ou silicato) e alumínio (como óxido ou silicato). Estes oito elementos, juntos, compõem cerca de 90% da massa do nosso planeta. Durante o processo de formação da Terra, os condensados e as partículas de poeira colidem e unem-se, umas às outras. As massas dos aglomerados e as velocidades das colisões crescem rapidamente. Em contrapartida, o número de corpos presentes decresce. Surgem primeiro grande número de corpos planetesimais, muito menores que a Lua. Depois de múltiplas colisões, surgem os protoplanetas, com dimensões parecidas com a da Lua. A energia das colisões leva ao aquecimento dos corpos, e isto promoveu a fusão, pelo menos parcial, dos componentes de menor ponto de fusão: o ferro metálico e sulfetos de ferro e níquel líquidos, os quais, por serem mais densos, acumulam-se no centro do planeta, enquanto os outros materiais mais leves concentramse ao redor deste núcleo, no manto espesso, e na crosta. Esta separação chama-se de diferenciação primária. Para onde foram os elementos químicos durante a diferenciação primária? E o que aconteceu depois?

Com a estrutura precoce do planeta formou-se o núcleo metálico e o manto e a crosta silicáticos. O ferro participa de todas as “camadas”, enquanto magnésio, silício e oxigênio (por exemplo) participam essencialmente do manto e da crosta. Elementos de grande interesse econômico, como o níquel, ouro e elementos do grupo de platina, apresentam grande afinidade química com ligas de ferro ou os sulfetos. Tais elementos podem ter sido concentrados no núcleo no momento da diferenciação primária, e desse modo são escassos nas outras camadas. De outra parte, elementos alcalinos, tais como o sódio e potássio, concentram-se em minerais silicáticos de maior facilidade de fusão, e tendem a concentrar-se na crosta terrestre. Após a diferenciação primária, o material do manto e da crosta sofre reciclagem e reprocessamento em decorrência da convecção que, durante o resfriamento, promove a transferência de calor do interior da Terra para a superfície. As transferências de calor são acompanhadas pelo transporte de material em direção à superfície. Em profundidades moderadas no interior da Terra, ocorrem processos de fusão parcial. Alguns elementos (tais como magnésio e níquel) tendem a ficar na parte refratária, não fundida, enquanto outros elementos tendem a se concentrar no fundido (a exemplo dos elementos alcalinos, como sódio e potássio). Os líquidos produzidos (ou seja, os magmas) migram e consolidam-se como componentes da crosta terrestre. Como compensação do processo de ascensão do material quente e menos denso, ocorre descida de material mais frio e mais denso que retorna ao interior da Terra parte dos componentes materiais da crosta e do manto superior raso. Os movimentos tridimensionais de ascensão e descida de matéria rochosa podem abranger toda a extensão do manto, como deve ocorrer, por exemplo, embaixo da ilhas Havaí no meio do Oceano Pacífico, ou podem envolver apenas a parte do manto raso, como deve acontecer embaixo do Oceano Atlântico. Os movimentos de fluxo térmico e materiais verticais são acompanhados por movimentos laterais que movimentam as placas litosféricas, que constituem os diversos segmentos da crosta da Terra (Fig. 2). Esta diferenciação secundária começou logo após a diferenciação primária da Terra, e continua até hoje.

Assim, tanto o manto quanto a crosta terrestre representam sistemas químicos dinâmicos. Por enquanto, não se se o núcleo pode representar um sistema fechado, que não interage quimicamente com as outras camadas do planeta, ou se existe troca de componentes químicos com o manto, acompanhando a evolução dinâmica da Terra.

 

Os tipos de rochas

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As rochas são agregados minerais formados “naturalmente” com diferentes densidades e texturas, sendo divididas em três grandes grupos:

as magmáticas ou ígneas,  que resultam da solidificação do magma. São, portanto, consideradas roantes de chegarem à superfície: são as rochas magmáticas intrusivas (como o granito e o diabásio).Quando grande resissustentá-culo de formas de relevo. Encontramos essas rochas  quase todo o estado do RS, no planalto, na serra e no escudo sul rio grandense. As rochas magmáticas que se solidificam no exterior superfície (como o basalto), apresentam resfriamento relativamente rápido.Como o derramamento de magma é intermitente, vão se formando camadas de estratificação( em diversos estratos). Essas rochas vulcânicas apresentam menor resistência aos desgastes erosivos. No Brasil, principalmente na porção centro-sul do território, a decomposição formou o solo mais fértil do país, a terra roxa.

as rochas sedimentares são consideradas secundárias por se originarem de outras rochas, por isso ocorrem em extensas áreas da superfície terrestre. São geradas por detritos inorgânicos e orgânicos de idades geológicas diferentes. A decomposição desses detritos formam bacias sedimentares, que apresentam em suas bordas camadas inclinadas horizontalmente, como as cuestas e os morros com topos planos e vertentes escarpadas.

• as rochas metamórficas representam o processo de transformações físicas e químicas de outras rochas, tanto sedimentares como magmáticas. As alterações decorrem das elevadas pressões e temperaturas da litosfera. Nas aglomerações de rochas metamórficas de baixa resistência, ocorrem as falhas e fraturas geológicas. Nesses locais,os vales, morros e serras ficam alinhados nas direções impostas pela acomodação das rochas.

 

O Ciclo das Rochas

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O ciclo das rochas é o resultado das interações de dois dentre os três sistemas fundamentais da Terra: o sistema da tectônica de placas e o sistema do clima. Controlados pelas interações desses dois sistemas, materiais e energia são trocados entre o interior da Terra, a superfície terrestre, os oceanos e a atmosfera. Por exemplo, a fusão de placas litosféricas em subducção e a formação de magma resultam de processos operantes dentro do sistema da tectônica de placas. Quando essas rochas fundidas extravasam, matéria e energia são transferidas para a superfície terrestre onde o material (as rochas recém-formadas) é submetido ao intemperismo pelo sistema do clima. O mesmo processo injeta cinza vulcânica e o gás dióxido de carbono nas porções superiores da atmosfera, onde eles podem afetar todo o clima do planeta. À medida que muda o clima global, talvez ficando mais quente ou mais frio, também muda a taxa de intemperismo da rocha, o que, por sua vez, influencia a taxa com  que o material (sedimento) retorna para o interior da Terra.

A idéia da Terra como um sistema ainda não havia sido proposta quando o escocês James Hutton descreveu o ciclo das rochas em uma apresentação oral em 1785, na Sociedade Real de Edimburgo. Dez anos depois, ele apresentou o ciclo em maior detalhe em seu livro Teoria da Terra, com provas e ilustrações.

Como geralmente acontece na história da ciência, outros cientistas tanto da Inglaterra como do continente europeu também reconheceram os elementos da natureza cíclica da mudança geológica. O papel de Hutton foi o de sintetizar isso: ele apresentou o grande cenário que nos possibilitou entender o processo.

Daremos atenção aqui a um ciclo em particular, reconhecendo que esses ciclos variam com o tempo e com o lugar.

Começaremos com um magma na profundeza da Terra, onde as temperaturas e as pressões são altas o suficiente para fundir qualquer tipo de rocha: ígnea, metamórfica ou sedimentar (Ciclo das rochas I). Hutton chamou a fusão das rochas na profundeza da crosta de episódio plutônico, em referência a Plutão, o deus romano do mundo subterrâneo. Agora, referimos todas as intrusões ígneas como rochas plutônicas, enquanto as extrusivas são conhecidas como rochas vulcânicas. Quando uma rocha pré-existente se funde, todos os seus componentes minerais são destruídos e seus elementos químicos são homogeneizados, resultando em um líquido aquecido. À medida que o magma esfria, cristais de novos minerais crescem e formam novas rochas ígneas. A fusão e a formação de rochas ígneas ocorrem preferencialmente ao longo das bordas colisionais ou divergentes das placas tectônicas, bem como em plumas mantélicas.

O ciclo começa com a subducção ( lembre-se da formação da cordilheira dos andes) de uma placa oceânica em uma placa continental. As rochas ígneas que se formam nas bordas onde as placas colidem, juntamente com as rochas sedimentares e metamórficas associadas, são então soerguidas para formar uma cadeia de montanhas à medida que uma secção de crosta terrestre dobra-se e deforma-se. Os geólogos chamam esse processo, o qual inicia com a colisão de placas e finaliza com a formação de montanhas, de orogenia. Após o soerguimento, as rochas da crosta que recobrem as rochas ígneas soerguidas são vagarosamente meteorizadas. O intemperismo cria um material desagregado, que, então, a erosão espalha para longe, expondo a rocha ígnea à superfície.

As rochas ígneas assim expostas sofrem intemperismo e mudanças químicas ocorrem em alguns minerais. Os minerais de ferro, por exemplo, podem "enferrujar"( como na praia da ferrugem em Garopaba - SC) para formar óxidos. Os minerais de alta temperatura, como os feldspatos, podem tornar-se minerais argilosos de baixa temperatura. Os minerais, como o piroxênio, podem dissolver-se completamente à medida que as chuvas caem sobre eles. O intemperismo das rochas ígneas produz novamente vários tamanhos e tipos de detritos de rochas e material dissolvido, que são carregados pela erosão. Alguns desses materiais são transportados no terreno pela água e pelo vento. Muitos dos detritos são transportados pelos córregos para os rios e, por fim, para o oceano. No oceano, os detritos são depositados como camadas de areia, silte e outros sedimentos formados a partir de material dissolvido, tal como o carbonato de cálcio das conchas.

Os sedimentos depositados no mar, assim como aqueles depositados no continente pela água e pelo vento, são soterrados por sucessivas camadas de sedimentos, onde litificam( lembre-se do que ocorre com o concreto) vagarosamente para formar as rochas sedimentares. O soterramento é acompanhado de subsidência - uma depressão ou afundamento da crosta terrestre. Enquanto a subsidência continua, camadas adicionais de sedimentos vão sendo acumuladas.

Em alguns casos - por exemplo, ao longo das margens ativas das placas tectônicas, a subducção força as rochas sedimentares a descerem progressivamente a maiores profundidades. À medida que a rocha sedimentar litificada é soterrada a profundidades maiores da crosta, fica mais quente. Quando a profundidade excede a l0 km e as temperaturas ficam maiores que 300°C, os minerais da rocha ainda sólida começam a se transformar em novos minerais, os quais são mais estáveis nas altas temperaturas e pressões das partes mais profundas da crosta. O processo que transforma as rochas sedimentares em rochas metamórficas é o metamorfismo. Com mais calor, as rochas podem fundir-se e formar um novo magma, a partir do qual as rochas ígneas irão cristalizar, recomeçando o ciclo.

Como visto anteriormente, essa série de processos é apenas uma variação entre muitas que podem ocorrer no ciclo das rochas. Qualquer rocha - metamórfica, sedimentar ou ígnea pode ser soerguida durante uma orogênese e meteorizada e erodida para formar novos sedimentos. Certos estágios podem ser omitidos, por exemplo: quando uma rocha sedimentar é soerguida e paulatinamente erodida, o metamorfismo e a fusão não acontecem. Os estágios podem, também, estar fora de seqüência, como no caso de uma rocha ígnea formada no interior que é metamorfizada depois de ser soerguida. Também, como sabemos das sondagens profundas, certas rochas ígneas, localizadas a muitos quilômetros de profundidade na crosta, podem nunca ser soerguidas ou expostas ao intemperismo e à erosão.

O ciclo das rochas nunca tem fim. Está sempre operando em diferentes estágios em várias partes do mundo, formando e erodindo montanhas em um lugar e depositando e soterrando sedimentos em outro. As rochas que compõem a Terra sólida são recicladas continuamente, mas só podemos ver as partes do ciclo que ocorrem na superfície e, portanto, devemos deduzir a reciclagem da crosta profunda e do manto por evidências indiretas.

Um processo que os geólogos não percebiam no tempo de Hutton é o intemperismo do fundo oceânico ou o metassomatismo, o qual foi reconhecido apenas após a descoberta da tectônica de placas. Os processos envolvem mudanças químicas entre a água do mar e o fundo submarino nas cadeias mesoceânicas. Esse processo suplementa de forma significativa o retorno de elementos importantes para o interior da Terra, que é causado pelo intemperismo comum de superfície. Se o metassomatismo do fundo submarino não ocorresse, as composições químicas do oceano e da atmosfera seriam bem diferentes.

 

 

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quinta-feira, 4 de junho de 2009

Inscrições Escola Técnica

A escola técnica da ufrgs agora chama-se Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do RS (IFRS). 

As informações referentes ao processo seletivo 2009/2  podem ser obtidas no endereço: http://wordpress.etcom.ufrgs.br/?p=29

O prazo para requerer isenção na taxa de inscrição se encerrou no dia 27 de abril conforme o edital que pode ser acessado aqui: http://wordpress.etcom.ufrgs.br/wp-content/uploads/2009/04/edital_isencao_2009-2.pdf

No entanto permanecem abertas as incrições até o dia 09 de junho pela internet.
A taxa é de R$85,00.
Maiores informações podem ser obtidas no site:

Qualquer dúvida quanto à inscrição, peçam ajuda aos educadores,
Também há reserva de vagas!!!
procure se informar a respeito!!!



terça-feira, 2 de junho de 2009

Exercícios Fuso Horário

EXERCÍCIOS FUSO HORÁRIO

1)Sabendo-se que um avião sai do Cairo (30° E) as 14 horas, que horas chegará em Los Angeles (120° W) após 10 horas de viagem?
a)14 horas
b)12 horas
c)13 horas
d)11 horas
e)10 horas

2)Supondo-se que sejam 13 horas do dia 20 em Osaka (135° E), qual a hora e o dia em Curitiba?
a)1 hora do dia 20
b)2 horas do dia 20
c)23 horas do dia 19
d)22 horas do dia 19
e)21 horas do dia 19

3)Nossa viagem começa no Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP). A saída será 30/11, as 21 horas rumo a Roma, “a Cidade Eterna”, que fica no fuso horário a 60° leste de São Paulo. A duração da viagem será de 12 horas. Calcule a hora e o dia da chegada usando todos os dados da viagem:
a)37 horas, dia 30/11
b)13 horas, dia 01/12
c)07 horas, dia 01/12
d)05 horas, dia 01/12
e)09 horas, dia 30/11

4)Considere as afirmativas abaixo:
I – A Terra é dividida em 24 faixas longitudinais, denominadas fusos, estabelecendo-se um horário para cada uma delas;
II - A Terra gira 15 graus a cada hora;
III – Duas cidades situadas no mesmo fuso podem apresentar diferentes condições de insolação no mesmo horário, em função de diferentes latitudes.

Quais são corretas?
a)Apenas I
b)Apenas I e II
c)Apenas I e III
d)Apenas II e III
e)I, II e III

5)(UFRGS) Sabendo que, num determinado dia e hora, o Sol se encontra sobre o meridiano 45° E Gr, qual será a longitude de um local onde simultaneamente, um relógio marca 5 horas do mesmo dia?
a)60° a oeste de Greenwich
b)40° a oeste de Greenwich
c)75° ao leste do meridiano de 45° E Gr
d)5° ao leste de Gr
e)0°

6)(UFRGS) A posição geográfica de Porto Alegre é definida pelas suas coordenadas geográficas 30°S e 51°W Gr. Quando é meio dia local nesta cidade, será meia noite em:
a)Obuchovic (URSS), 51° N e 30° E Gr
b)Eucla (Austrália), 32° S e 129° E Gr
c)Gach Saran ( Irã), 30°N e 51 ° E Gr
d)Durban ( África do Sul), 30° S e 31° E Gr
e)Um ponto do Pacífico, 129°W Gr e 30° S


GABARITO: 1) A ; 2) A ; 3) B ; 4) E ; 5) A ; 6) B